"na CHIna" - B. M. Cascais
São Domingues de Rana
São Domingues de Rana
3 a 26 de Maio 2007
30 fotografias da China recolhidas em Abril 2006
30 fotografias da China recolhidas em Abril 2006
Da "folha de sala"
Alguém disse que os 1.300 milhões de chineses são, neste momento, o mais importante recurso natural do planeta e que o século XXI será, em grande medida, condicionado pela forma como tal recurso for usado.
Fugindo ao mecanicismo de tal opinião prefiro dizer que o futuro da sociedade humana será decisivamente influenciado por aquilo em que se tornarem os incontáveis chineses e pelo caminho que tomar a imensa China .
Uma viagem pela China não pode fazer muito mais do que proporcionar um série de “impressões”, que valem por ocorrerem no local mas que acabam por reflectir a perplexidade do viajante.
A realidade física ultrapassa as expectativas mesmo quando se parte com alguma bagagem de leituras sobre o país, a magnitude das transformações em curso sente-se “na pele”.
O gigantismo institucional de Pequim, que numa só avenida tem vários hotéis do tamanho do Ritz de Lisboa, rivaliza com o modernismo caótico de Xangai, cujo ritmo de crescimento pode ser simbolizado pelo combóio-bala que nos transporta ao aeroporto, a 400 km à hora, sobre tecnologia “magnética”.
No Sul, onde se situam as “zonas económicas especiais” de Macau e Hong-Kong, a China dispõe de vários aeroportos internacionais num raio de 150 km em torno da cidade de Guangzhou (Cantão).
As bicicletas são aos milhões, símbolo da vida frugal e laboriosa dos chineses. Em contrapartida também já se vêm muitos chineses de máquina fotográfica em punho num sinal claro de que começam a poder disfrutar (e registar) momentos de lazer. Bicicletas e câmaras fotográficas são assim sinais da coexistência das tradições e das transformações ao nível das vidas comuns.
Visitei a China em Abril de 2006 e, apesar da magnitude das realizações económicas e tecnológicas, o que mais me tocou foi a persistência da velha cultura e força dos hábitos ancestrais. Até quando ?
Depois de ver a China é impossível voltar a ver a Europa como os mesmos olhos.
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