quinta-feira, 3 de maio de 2007

BIBLIOTECA MUNICIPAL DE CASCAIS - "na CHIna"





"na CHIna" - B. M. Cascais
São Domingues de Rana 
3 a 26 de Maio 2007
30 fotografias da China recolhidas em Abril 2006














Da "folha de sala"

Alguém disse que os 1.300 milhões de chineses são, neste momento, o mais importante recurso natural do planeta e que o século XXI será, em grande medida, condicionado pela forma como tal recurso for usado.
Fugindo ao mecanicismo de tal opinião prefiro dizer que o futuro da sociedade humana será decisivamente influenciado por aquilo em que se tornarem os incontáveis chineses e pelo caminho que tomar a imensa China .  
Uma viagem pela China não pode fazer muito mais do que proporcionar um série de “impressões”, que valem por ocorrerem no local mas que acabam por reflectir a perplexidade do viajante. 
A realidade física ultrapassa as expectativas mesmo quando se parte com alguma bagagem de leituras sobre o país, a magnitude das transformações em curso sente-se “na pele”. 
O gigantismo institucional de Pequim, que numa só avenida tem vários hotéis do tamanho do Ritz de Lisboa,  rivaliza com o modernismo caótico de Xangai, cujo ritmo de crescimento pode ser simbolizado pelo combóio-bala que nos transporta ao aeroporto, a 400 km à hora, sobre tecnologia “magnética”.  
No Sul, onde se situam as “zonas económicas especiais” de Macau e Hong-Kong, a China dispõe de vários aeroportos internacionais num raio de 150 km em torno da cidade de Guangzhou (Cantão).
As bicicletas são aos milhões, símbolo da vida frugal e laboriosa dos chineses. Em contrapartida também já se vêm muitos chineses de máquina fotográfica em punho num sinal claro de que começam a poder disfrutar (e registar) momentos de lazer. Bicicletas e câmaras fotográficas são assim sinais da coexistência das tradições e das transformações ao nível das vidas comuns.
Visitei a China em Abril de 2006 e, apesar da magnitude das realizações económicas e tecnológicas, o que mais me tocou foi a persistência da velha cultura e força dos hábitos ancestrais. Até quando ?
Depois de ver a China é impossível voltar a ver a Europa como os mesmos olhos.

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