"na CHIna 2006"
28 de Setembro a 7 de Outubro 2007
168 fotografias da China recolhidas em Abril 2006
Alguém disse que os 1.300 milhões de chineses são, neste momento, o mais importante recurso natural do planeta e que o século XXI será, em grande medida, condicionado pela forma como tal recurso for usado.
Fugindo ao
mecanicismo de tal opinião prefiro dizer que o futuro da sociedade humana será
decisivamente influenciado por aquilo em que se tornarem os incontáveis
chineses e pelo caminho que tomar a imensa China .
Uma viagem pela
China não pode fazer muito mais do que proporcionar um série de “impressões”,
que valem por ocorrerem no local mas que acabam por reflectir a perplexidade do
viajante.
A realidade física
ultrapassa as expectativas mesmo quando se parte com alguma bagagem de leituras
sobre o país, a magnitude das transformações em curso sente-se “na pele”.
O gigantismo
institucional de Pequim, que numa só avenida tem vários hotéis do tamanho do
Ritz de Lisboa, rivaliza com o modernismo caótico de Xangai, cujo ritmo
de crescimento pode ser simbolizado pelo combóio-bala que nos transporta ao
aeroporto, a 400 km à hora, sobre tecnologia “magnética”.
No Sul, onde se
situam as “zonas económicas especiais” de Macau e Hong-Kong, a China dispõe de vários
aeroportos internacionais num raio de 150 km em torno da cidade de Guangzhou
(Cantão).
As bicicletas são
aos milhões, símbolo da vida frugal e laboriosa dos chineses. Em contrapartida
também já se vêm muitos chineses de máquina fotográfica em punho num sinal
claro de que começam a poder disfrutar (e registar) momentos de lazer.
Bicicletas e câmaras fotográficas são assim sinais da coexistência das
tradições e das transformações ao nível das vidas comuns.
Visitei a China em
Abril de 2006 e, apesar da magnitude das realizações económicas e tecnológicas,
o que mais me tocou foi a persistência da velha cultura e força dos hábitos ancestrais.
Até quando ?
Depois de ver a
China é impossível voltar a ver a Europa como os mesmos olhos.
Fernando Penim
Redondo
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